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domingo, 19 de julho de 2009

Homens precisam de amigos!




James Corley
Por que é mais difícil para os homens cultivarem amizades profundas?


Os homens de hoje estão carentes de amigos de verdade.
Vejamos, na Bíblia, a amizade de Jônatas e Davi. 1 Samuel 18.1 diz: “Depois dessa conversa de Davi com Saul, surgiu tão grande amizade entre Jônatas e Davi que Jônatas tornou-se o seu melhor amigo”.

Enquanto o relacionamento de Saul com Davi se deteriorava devido ao ciúme doentio de Saul, a amizade entre Davi e Jônatas tornava-se cada vez mais forte. E foi o próprio Jônatas que avisou Davi sobre o plano de seu pai para executá-lo. “... Davi inclinou-se três vezes perante Jônatas, rosto em terra. Então despediram-se beijando um ao outro e chorando; Davi chorou ainda mais do que Jônatas. E ele disse a Davi: ‘Vá em paz, pois temos jurado um ao outro em nome do Senhor, quando dissemos: O Senhor para sempre é testemunha entre nós e entre os nossos descendentes’. Então Davi partiu e Jônatas voltou à cidade” (1 Samuel 20.41,42).

O que mais impressionava nessa amizade é que Jônatas era o herdeiro do trono. Se não fosse por Davi, ele é que seria o próximo rei de Israel. Mesmo tendo muito a perder, Jônatas abriu mão de tudo por amor a sua amizade com Davi.

Quando Jônatas morreu Davi derramou seu coração e compôs os seguintes versos: “Como estou triste por você, Jônatas, meu irmão! Como eu lhe queria bem!” (2 Samuel 1.26).

Há quem diga que a amizade de Davi com Jônatas era um relacionamento homossexual. Porém, creio que esse julgamento ilustra quão longe estamos do conceito da verdadeira masculinidade!

É muito possível que um homem tenha uma amizade profunda e significativa com outro, sem qualquer constrangimento. Inclusive, esse tipo de amizade acrescenta à vida uma dimensão que não se encontra em nenhum outro tipo de relacionamento.

Para desenvolver uma amizade profunda são necessárias certas prioridades:

1. Reconhecer a necessidade de se ter amigos. Em nossa sociedade repleta de pressões, o homem precisa de um amigo em quem confiar e com quem possa ter conversas objetivas.

Durante um difícil período em minha vida profissional, quando outros se colocaram contra mim, Ralph me apoiou.

Naquele período, minha esposa estava muito envolvida. Ela chorava comigo, me apoiava e me confortava. Porém, ela sofria tanto, que deixei de comentar certos detalhes da situação.

Mais do que nunca, Ralph se tornou minha “válvula de escape”. Eu podia falar qualquer coisa com ele. Nossa amizade foi um grande suporte tanto para minha carreira quanto para o meu casamento.

2. Estabelecer alvos. Focalize em ter pelo menos um amigo íntimo.

Ralph estava lá quando eu precisei dele. Almoçávamos juntos semanalmente. Para duas pessoas ocupadas, aquilo era realmente um sacrifício.

Aproxime-se de alguém a quem gostaria de conhecer melhor e também se deixar conhecer.

Em vez da famosa frase: “qualquer dia a gente se encontra!”, pegue a agenda e reserve um horário na mesma semana. Marque encontros regulares.

Algumas idéias são: pescar juntos, almoçar durante a semana, assistir a um jogo de futebol na televisão ou mesmo ir juntos ao estádio. Seja o que for, é importante dar certa prioridade para isso. Não precisa ficar com medo. Ter amigos não viola nossos votos de casamento. E, a menos que você reserve um horário, não conseguirá desenvolver uma amizade profunda. Tudo na vida tem um preço.

3. Demonstrar aceitação. Todos nós guardamos alguns “esqueletos em nossos armários”. Posso apoiar um amigo sem, contudo, ser conivente com seus erros. Paulo dá dicas: “Portanto, aceitem-se uns aos outros, da mesma forma que Cristo os aceitou, a fim de que vocês glorifiquem a Deus” (Romanos 15.7).

A base de nossa salvação é a aceitação. Deus não exige que mudemos em nada antes de conhecê-lo. Somos amados e aceitos por Cristo e, como resultado dessa aceitação, acabamos mudando.

Há muitas formas de demonstrar apreciação: Em vez de só dizer “Até logo”, acrescente: “Foi muito bom o tempo que tivemos”.

Quando Ralph ficou ao meu lado eu lhe dei uma pequena lembrança e um cartão onde escrevi: “Muito obrigado por ser meu amigo”. Foi um pequeno gesto, mas comunicou gratidão.

4. Demonstrar afeição. Quando minha própria igreja “esfriou” seu relacionamento comigo, fiquei bravo e magoado. As línguas eram afiadas. Nessa hora, a prova de amizade de Ralph me ajudou a preservar o equilíbrio emocional.

Em nossa cultura ocidental, os beijos de Jônatas e Davi podem “não pegar bem”. Mas há outras formas de demonstrar afeição que não causarão estranhezas. A primeira coisa que Ralph fazia quando nos encontrávamos era me dar um forte abraço. Paulo incentiva expressões de afetividade na igreja: “Saúdem uns aos outros com beijo santo” (1 Coríntios 16.20b).

Abraços, apertos de mão, cumprimentos sinceros ou outras formas de expressão também demonstram carinho fraternal.

5. Esperar ser cobrado. O bom amigo deve fazer cobranças quando estas se fizerem necessárias.

Salomão, ao refletir sobre amizade disse: “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia ao seu companheiro” (Provérbios 27.17).

É simplesmente impossível que duas pessoas concordem a respeito de tudo. Treine-se, então, em discordar de forma educada. Incentive que seu amigo também o faça. Podem até ocorrer discussões ferrenhas, porém, depois que a poeira abaixa, ambos continuam amigos.

A Bíblia diz: “Irmãos, se alguém for surpreendido em algum pecado, vocês que são espirituais, deverão restaurá-lo com mansidão” (Gálatas 6.1).

O prestar contas deve ser uma estrada de duas mãos. Se seu amigo permitir que o questione, você se sentirá menos desconfortável quando ele fizer o mesmo com você.

Ralph e eu escrevemos alguns alvos para nossas vidas. Depois, trocamos nossas listas e passamos a nos encorajar mutuamente para atingir nossas metas. Essa atitude foi de grande incentivo para nós.

6. Não ser possessivo. A melhor forma de desmanchar uma amizade é se tornar possessivo. Cônjuge ou amigo ninguém aprecia um relacionamento de sufocação. Para que sejamos o que Deus planejou precisamos ser livres. Não exija direitos exclusivos de seu tempo ou afeição. Dê-lhe espaço para crescer, para explorar novas atividades e desenvolver novas amizades.

Amizade é um presente de Deus, que dá profundidade e significado a nossas vidas. E é, também, um presente que damos e recebemos de nossos amigos.



James Corley é pastor auxiliar da Igreja Fairhaven, em Dayton, Ohio, nos Estados Unidos. Texto traduzido, com a devida permissão, por Iara Vasconcellos.

Sugestão de leitura
Homem que é homem... – Edwin Louis Cole e Doug Brendel – Editora Betânia.

http://www.larcristao.com.br/htmls/materia.asp?id=152

Um comentário:

PROJETO NOVO IMPULSO disse...

Bem, sou homem de alguns não muitos mais amizades de mais de 45 anos em que vivemos os bons e maus momentos no decorrer deste período e sempre fomos confidentes, em todos os aspectos.Não tive dificuldade de manter as amizades.
A paz