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sábado, 12 de março de 2011

Como Jesus lidava com as emoções



Deus nos criou com um coração que tem desejos (Salmo 37:5). Nós temos sentimentos que são expressos pelas emoções. Elas dão cor à vida, são uma forma de responder ao ambiente preparando-nos para uma ação. As emoções básicas (que dão origem às demais) são: ira, alegria, medo e afeto.

Em si elas são neutras, mas em muitos casos, têm sido a origem de sofrimento para muitos que simplesmente não conseguem se dominar e, em outros casos, para os outros (na família, no trabalho ou na igreja) que precisam conviver com alguém que tem dificuldades de lidar com suas próprias emoções e com as emoções dos outros.

Segundo a Bíblia perder o equilíbrio emocional não é saudável. Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta de juízo que leva à morte. (Jó 5.2). Com sua raiva, você está ferindo a si próprio (Jó 18.4).

Muitas famílias foram desfeitas ou estão desestruturadas porque há desequilíbrio emocional em seu seio. De fato, nossa educação formal privilegia a formação profissional. Levamos anos nos preparando para desenvolvermos uma atividade economicamente produtiva, mas pouco nos preparamos para a vida em família ou para os demais relacionamentos que mantemos no cotidiano.

Hoje em dia fala-se muito em “inteligência emocional”. Ela é simplesmente o uso inteligente das emoções. É intrapessoal, quando em relação a si mesmo, ou seja, a capacidade de reconhecer e lidar com seus sentimentos enquanto eles estão ocorrendo, bem como a capacidade de se reconhecer, saber o que você tem de bom e de ruim. Ela também é interpessoal, quando em relação a outras pessoas, ou seja, a capacidade de lidar com outras pessoas e, por meio delas, implementar e realizar determinados objetivos.

As dificuldades para se lidar com as emoções podem aparecer de três formas:

1. Descontrole emocional. A manutenção de um descontrole emocional (uma mágoa, a ira, ou um estado de stress crônico) provoca um desgaste do corpo, pode levar à culpa devido a decisões irrefletidas e atos impensados tomadas no momento da explosão emocional. Pode, também, produzir sofrimento para si e para os outros. Muitos não percebem que acabam ferindo as pessoas que estão ao seu redor, geralmente as que menos gostaríamos de ver sofrendo.

Ao longo dos anos tenho visto muitas pessoas de valor sendo preteridas porque não aprenderam a lidar com as suas emoções. O evangelho está repleto de exemplos de pessoas que, não sabendo lidar com suas emoções, provocaram problemas para si e para os outros.

Por conta da ira de Paulo, que respirava ameaças de morte contra os cristãos (Atos 9:1), muitos foram mortos; Maria se deixou dominar pela tristeza, após a morte de Cristo, e foi incapaz de reconhecê-Lo ao seu lado, suas lágrimas a cegaram (João 20:13 e 14); pela alegria de Herodes, durante uma festa, sua sobrinha o fez tomar uma decisão de morte contra João Batista (Mateus 14:6-8); pelo medo Pedro negou a Jesus (Lucas 22:54-62); e pelo afeto, os cristãos de Corinto eram solidários com pessoas em pecado aberto e os mantinham na comunhão, mesmo provocando opróbrio contra a causa de Deus (I Coríntios 5:1 e 2). E hoje não é diferente!

2. Incapacidade de expressão emocional. É uma desordem que sofre em distinto grau uma de cada 10 pessoas. Ela empobrece a vida, as relações e a saúde de diversas formas. A impossibilidade de verbalizar e abordar os conflitos psicológicos, como a morte de um familiar, uma demissão ou luto, faz com que a pessoa desenvolva doenças desde as úlceras e gastrite, até as artrites reumatóides, o lupus, a vasculitis ou a nefrites. Além disso, a falta de expressão emocional foi relacionada com as toxicomanias e transtornos alimentícios, como a anorexia e a bulimia, bem como dificulta a convivência e é causa de muitos conflitos e rupturas conjugais.

3. Dificuldade para lidar com as emoções dos outros. Isto pode ocorrer por duas formas: falta de percepção ou por não saber o que fazer quando se está na presença de alguém que esteja dominado pela emoção.

A emoção, em si, não é “pecado”, aliás, deve ser manifesta de uma forma sadia, com sinceridade e racionalidade. Mas se isso não acontece, se você perde o controle e essa atitude tem causado sofrimento para você e aqueles que lhe são próximos, Deus tem um plano. “Ele restaura a minha alma.” (Salmo 23.3). Esta é uma boa notícia. Periodicamente, todos nós precisamos de restauração. Somos ofendidos, magoados, traídos – a vida é dura.

Estamos sujeitos a ficar desencorajados, deprimidos e desesperados. Experimentamos canseira, fracassos, frustrações e medos. Todos nós temos algum tipo de ferida emocional de situações passadas. Carregamos ferimentos, cicatrizes de guerra, lixo emocional, que Deus deseja eliminar da nossa vida. Ele quer restaurar a sua alma. Nós podemos aprender a lidar com nossas emoções. A pena inspirada diz: A verdadeira grandeza do homem é medida pela força dos sentimentos que ele domina, e não pelos sentimentos que o dominam. Patriarcas e Profetas, 568. E o melhor mestre que podemos ter para aprender a lidar com nossas emoções é Jesus.

Como Jesus tratava suas emoções:

a) Jesus não as reprimia. O evangelho afirma que Jesus expressava suas emoções. A grande questão não é que não podemos expressar as emoções, mas como fazê-lo de forma saudável. Havia equilíbrio em cada situação emocional. Jesus manifestou ira quando viu o templo dedicado a Deus tornando-se um mercado (Lucas 19:43).

A questão principal é que ninguém reclamou da atitude de Jesus, que foi dura, mas precisava ser tomada. A ira foi contra a injustiça e não contra os injustos. Ele também manifestou tristeza no Getsemani (Mateus 26:38). Mas sua tristeza não o paralisou, mas moveu-o em direção ao Pai em oração. Ele também “comia com pecadores” (Lucas 15:10). Jesus se alegrava sem, contudo, exceder-se. Mesmo o medo foi experimentado por Jesus, não o medo da cruz, mas a sensação de separação do Pai. “Por que me abandonaste?” foi o seu brado (Mateus 27:43). Devemos ter medo daquilo que nos afasta de Deus. E o afeto se apresenta no fato dEle ter oferecido a sua própria vida (Mateus 20:28). O sacrifício pelo outro é a forma mais sublime de expressão do afeto.

b) Jesus não agia dominado pela emoção. A emoção não se defronta com emoção ou razão, mas pelo espírito (Mateus 26:41). Jesus entendia que a única forma de vencer as emoções era por meio de uma vida de oração e comunhão com Deus.

Devemos permitir que Ele seja o Senhor de nossas emoções. O maior problema é quando agimos sob a força e nossas emoções. Este é o pior momento para conversar com seu cônjuge, ou aplicar a disciplina aos filhos. Palavras impensadas e atos descontrolados poderão criar uma mácula muito difícil de reparar. A maior parte das nossas decisões pode esperar até que estejamos mais tranqüilos.

c) Jesus percebia as entrelinhas. Ele não se preocupava apenas com o que era dito, ele conhecia a natureza humana (João 2:25). Quando se afirma algo há muita coisa que não se diz e, em geral, isso é mais importante do que aquilo que se fala. Preste atenção nos gestos, no contexto em que se fala, no timbre de voz e pergunte sempre: “o que você quis dizer com isso?” Esta fórmula pode nos poupar de muito sofrimento.

Procure usar palavras mais concretas. Ao invés de simplesmente dizer que deseja mais carinho ou atenção, explique com atos concretos o que significa tais palavras para você.

d) Jesus reconhecia que as emoções eram Suas. Quando Jesus questionou “até quando vos sofrerei?” (Mateus 17:17) Ele demonstrava que o comportamento incrédulo daqueles homens O incomodava, mas isso não O impediu de realizar um milagre diante deles.

As afirmações “estou assim por causa de você”, “você é isto ou aquilo”, demonstram a tendência geral em deslocarmos nossas emoções na direção dos outros. Não é por causa do outro, mas por causa de suas próprias expectativas frustradas ou satisfeitas que você sente suas emoções.


O problema está com você! Fale do seu incômodo, e não, do seu julgamento sobre o ato do outro. Você descobrirá que muitas dificuldades se relacionam aos valores familiares ou culturais diferentes e começará a encontrar unidade na diversidade.

e) Jesus era proativo no uso das emoções. Jesus ao chorar (João 11) poderia ter se retirado e dito que precisava ficar só, afinal a desesperança humana em face da morte era algo realmente dolorido para o Criador da vida.

A tristeza de Jesus levou-O a ressuscitar Lázaro e trazê-lo novamente a Sua presença. A função das emoções deve ser a de construir uma nova realidade e não simplesmente a de destruir-se e lamentar sua sorte. A emoção deve ser o estímulo para desejar uma realidade ainda maior e melhor para a sua vida.

f) Jesus tinha a certeza da glória futura. Muitas vezes, diante dos problemas temos a tendência de acreditar que não há mais esperança futura. Assim, se o presente está difícil, se o relacionamento é complicado, o melhor a fazer é desistir, pois o futuro será ainda pior. Jesus afirmou: “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33). A vitória já nos está assegurada. Nem tudo o que fere a nossa vida é algo que nós mesmos fazemos.

Às vezes eu sofro por causa de coisas que são feitas contra mim. Outras vezes eu sofro por ver outras pessoas sendo feridas. A verdade é que teremos sofrimentos durante a vida. Algum dia desses, você vai experimentar angústia, dor e ressentimento. Problemas todos nós temos, mas no final somos vitoriosos nEle. Sua família está passando por dificuldades? Não são os problemas atuais que inviabilizam o futuro, mas é a certeza da glória futura que nos dará força para vencermos os problemas do presente.

E se eu perder o controle emocional, o que posso fazer com a culpa e o ressentimento resultantes desta atitude? O que Jesus pode fazer por mim?

Nada pode destruir a alma mais rapidamente do que a culpa. “As minhas culpas me afogam; são como um fardo pesado e insuportável. Estou encurvado e muitíssimo abatido; o dia todo saio vagueando e pranteando.” (Salmo 38.4 e 6). Todos nós temos razão de sobra para nos sentir culpados.

Todos cometemos erros. Não é possível fugir da culpa. “O SENHOR nos deu uma consciência. Não podemos nos esconder de nós mesmos.” (Provérbios 20.27). Como tratar da culpa em nossa vida? Existem várias opções:

Você pode negá-la; fazer de conta que ela não existe; você pode minimizá-la; pode negociar com ela rebaixando seus valores; você pode racionalizar sua culpa, dizendo que todo mundo faz isso; pode jogar a culpa nos outros; ou se autoflagelar punindo a si mesmo e perdendo a alegria pela vida. Nenhuma dessas alternativas funciona.

Existe somente uma maneira para você solucionar a sua culpa. Precisa colocá-la nas mãos de Deus. Ele é o único que pode removê-la. Todos nós pecamos. Apesar disso Deus nos declara ‘isentos de culpa’ se crermos em Jesus Cristo que em Sua misericórdia graciosamente perdoa os nossos pecados.” (Romanos 3.23 e 24).

A verdade mais básica do Cristianismo é que Jesus Cristo já pagou por todos os nossos pecados. Só o que você precisa fazer é confessar seus pecados a Deus e receber o perdão dos mesmos (I João 1:9). Todavia, ao oferecer perdão, Cristo não o faz para que continuemos em constante pecado (I João 2:1). Ele sabe que podemos ter recaídas. O perdão é a nossa segurança diante dos tropeços que podemos ter ao longo do caminho da vida, enquanto aprendemos a controlar nossas emoções.

Por outro lado, o ressentimento é o resultado do que outras pessoas fazem contra mim. Eu sinto culpa pelo que faço contra as pessoas, mas eu fico ressentido por causa do que elas fazem contra mim. Uma hora ou outra, alguém vai nos magoar. Às vezes intencionalmente, outras vezes involuntariamente. De qualquer jeito, ficamos magoados e ressentidos. Mas, o modo como tratamos o ressentimento determina se cresceremos ou encolheremos. Eu posso escolher se a situação vai me devastar ou se vai me dar uma nova direção; se me ajudará a prosseguir ou a retroceder; refinar ou estagnar.

“Ficar desgostoso e amargurado é loucura, é falta de juízo que leva à morte.” (Jó 5.2). O ressentimento nunca fere a outra pessoa; ele somente fere a nós mesmos. A outra pessoa pode nem estar sabendo que estou ressentido contra ela. Elas continuam vivendo numa boa. Toda vez que você reprisa o ressentimento, você é magoado novamente.

“Livrem-se de toda amargura … perdoando-se mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.” (Efésios 4.31-32). Um dia Deus vai acertar as contas. Enquanto isso, Ele diz: livre-se de toda amargura, perdoando um ao outro, assim como Deus perdoou você. Se você tem recebido perdão, Deus espera que você ofereça perdão. Você nunca terá que perdoar alguém mais do que Deus já tem perdoado você.

Lidar com as emoções é um grande desafio, mas podemos ter sempre o conforto e o poder de Deus para vencermos!

Pr. Willian Oliveira
fonte:
Dep. Min. da Família AB ,créditos site vidaadoisnet edição 1

Um comentário:

Sandra Veneziani disse...

Boa tarde, amiga!
vim, te visitar e oferecer o selo esse blog me completa (tem regrinha)
com carinho
san